Tratamento a laser: um aliado das mulheres

Por Dr. João Vicente Zottis

A recuperação pós-câncer é um processo que exige tempo. A busca por alternativas que amenizem as cicatrizes da doença está cada vez maior. Devido aos efeitos colaterais da radioterapia ou quimioterapia, muitas mulheres têm grande queda na libido e na lubrificação vaginal natural. Nessa perspectiva, o laser de dióxido de carbono (CO2), da Monalisa Touch, tem se tornado uma tecnologia aliada dessas mulheres. O tratamento também é indicado àquelas que estão na menopausa para aliviar esses mesmos sintomas – relacionados à atrofia, flacidez ou secura vaginal.

Essa técnica promove a recuperação do equilíbrio da mucosa genital de uma maneira segura e indolor, utilizando métodos similares àqueles usados para retardar o envelhecimento da pele da face. É natural, seguro e mini-invasivo, restaura o tônus tissular e aumenta o fluxo sanguíneo e lubrificação. O procedimento pode ser realizado tanto ambulatoriamente como em hospital. Não envolve incisões ou suturas e não requer mais que uma hora por sessão. O tratamento usualmente dispensa anestesia, porém, se o paciente preferir, um creme anestésico pode ser utilizado. Os resultados podem ser observados após a primeira sessão. Recomenda-se um ciclo completo de 4-5 sessões com intervalos de 45-60 dias entre elas. Mas o número de sessões pode mudar de acordo com o nível de atrofia vaginal a ser tratada.

A maioria das mulheres relata efeitos colaterais temporários – ligeira vermelhidão ou inchaço. Esses desconfortos usualmente desaparecem após um ou dois dias de repouso. Durante o processo de cicatrização, pode ser recomendado evitar levantar peso ou algumas atividades, tais como tomar banhos quentes de banheira ou exercícios físicos. Assim, traz mínimas consequências para a paciente e não interrompe os afazeres profissionais, uma vez que não necessita de internação hospitalar.

O laser traz uma alternativa para tratar alguns quadros patológicos associados à vida íntima das mulheres que não querem ou não podem se submeter aos recursos tradicionais, como o uso de progesterona e estrogênio. Trata-se de um rejuvenescimento funcional, devolvendo à vagina características que se se perderam e exigem tratamento. O laser pode ser usado em mulheres de diversas faixas etárias. Também é benéfico a mulheres que sofrem de incontinência urinária e pode evitar cirurgias por motivos de flacidez vaginal, o que é normal acontecer depois de dar à luz por parto natural.

O laser de CO2 provoca micro-ablações na mucosa vaginal, causando em cada ponto uma micro zona térmica – ou seja, ele perfura e aquece. Essa ablação é controlada para não ser muito profunda e não atingir os canais próximos. Poucos equipamentos têm essa capacidade. As zonas aquecidas iniciam aí um processo de rejuvenescimento do tecido da mucosa vaginal. Portanto, é um tratamento inovador, indolor e seguro, que apresenta um excelente custo-benefício às pacientes.

 

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