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Videolaparoscopia: o que você precisa saber

 

Quando um ginecologista fala sobre videolaparoscopia para uma paciente, é muito provável que ela pesquise na internet para conhecer melhor o procedimento. No entanto, há algumas páginas pouco confiáveis (com muitos “achismos” e pouco embasamento). O mais indicado é conversar sobre todos esses detalhes diretamente com seu médico, mas se recorrer ao meio digital, escolha uma página séria – preferencialmente ligada a um profissional especializado. Pensando nisso, o Dr. João Vicente Zottis reuniu as principais informações que você precisa saber sobre videolaparoscopia. Confira:

 

O que é videolaparoscopia

A videolaparoscopia é uma cirurgia minimamente invasiva para diagnosticar e tratar doenças que agridem a região abdominal e pélvica. Realizada em ambiente hospitalar, é feita por meio da introdução de uma pequena câmera na cavidade pélvica, de modo que não é necessário fazer grandes cortes externos na pele. Normalmente são aplicadas duas pequenas incisões na região inguinal (altura da virilha) e uma incisão na região umbilical. Então, incorpora-se uma microcâmera de alta definição ao equipamento e o especialista pode ter uma visão ampla e profunda da cavidade. Desse modo, o médico consegue avaliar os órgãos e tecidos internos.

 

Como é feito o procedimento

O preparo para realizar videolaparoscopia engloba exames como pré-operatório e avaliação do risco cirúrgico. Nos casos em que o procedimento explora a cavidade abdominal, poderá ser necessário esvaziar completamente o intestino (o uso de laxantes no dia anterior é suficiente).

Para a videolaparoscopia em si é necessário receber anestesia geral para que o cirurgião realize um corte no umbigo (região por onde entrará um pequeno tubo com gás carbônico e a microcâmera em seu interior). Além disso, são necessários mais dois cortes na região abdominal (por onde entrarão outros instrumentos para explorar a região pélvica ou abdominal). Toda a parte interna do abdômen poderá ser vista em um monitor, de modo que o médico poderá realizar a cirurgia necessária para cada caso.

 

Quais diagnósticos a videolaparoscopia contempla?

É possível avaliar o grau de invasão e extensão da endometriose; doença peritoneal; tumor abdominal; gravidez ectópica; doenças ginecológicas; síndrome aderencial; dor abdominal crônica sem causa aparente e biópsias. Estes são alguns dos procedimentos que a videolaparoscopia consegue realizar.

A técnica também pode ser utilizada de modo cirúrgico para tratar hidrossalpinge; retirar lesões ovarianas; remover aderências; fazer laqueadura das trompas; realizar histerectomia total; retirar mioma; tratar distopias genitais; remover apêndice e muitas outras cirurgias ginecológicas.

 

E a recuperação?

Logo após o procedimento, é normal sentir algum grau de desconforto e distenção no abdômen, mas como é uma cirurgia minimamente invasiva e ocorre menos agressão aos órgãos internos, a recuperação da videolaparoscopia é infinitamente mais rápida e menos complicada do que a cirurgia aberta (com cortes na barriga). Dependendo do procedimento realizado, geralmente em cerca de sete dias a paciente pode retomar gradativamente suas tarefas cotidianas.

 

Existem outras observações sobre a videolaparoscopia, como quando não deve ser feita, possíveis complicações e preço do procedimento, mas o ideal é conversar com um ginecologista, afinal, cada caso é um caso.

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